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Coronavírus e seu impacto no Brasil

Em estudo, 37% dos desempregados afirmam que perderam seu trabalho devido ao isolamento social. Quem foi para o home office gostou, mas prefere alternar entre casa e escritório, quando a pandemia passar


impacto coronavirus

Difícil avaliar a extensão do que a pandemia causou nas pessoas e nas empresas. Muita gente conheceu as vantagens do trabalho remoto e outras tantas, viu na situação do home office um desafio difícil de ser superado. Por outro lado, um número grande de empresas considera a possibilidade de tornar o modelo de trabalho remoto permanente. Para o bem e para o mal, já sabemos que ninguém vai sair ileso dessa história.


O impacto sobre a saúde mental de líderes e equipes não é menor. Entre os projetos desenhados pelas empresas para atravessar a quarentena, nenhum deixou de lado o apoio psicológico por meio de rodas de conversa e sessões de terapia online, aplicativos especializados e outros recursos.


Só teremos uma visão mais ampla e o entendimento desses impactos depois que passar algum tempo.

Para buscar algumas respostas sobre isso, a Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing realizou em julho sua terceira edição da pesquisa Coronavírus e seu Impacto no Brasil. O levantamento online obteve 1.090 respostas, de todas as regiões do Brasil.


Um dos focos da chamada terceira onda era abordar o sentimento geral da população em relação ao mercado de trabalho.


Atualmente, 37% dos desempregados afirmam que perderam seus postos em razão da pandemia. Destes, um terço (34%) diz que o foco agora não é arrumar logo outra posição. O gerente de projetos da Demanda e coordenador do estudo, Ricardo Lopes, analisa:


“Pode ser que as pessoas já estejam atinando que os novos tempos vão exigir novas habilidades, novos conhecimentos e comportamentos. Nesse contexto, é primordial se qualificar num primeiro momento, para então sair à procura de um novo lugar”.


Entre aqueles que permanecem empregados, 49% continuam trabalhando exclusivamente de casa; outros 16% alternam dias em casa e dias no escritório e somente 9% já retomaram integralmente sua rotina fora do lar. “Na medida em que provaram e gostaram, tanto empresas como trabalhadores não têm motivo de apressar o retorno”, conclui o gerente.


Os dados corroboram: somente 26% de quem permanece trabalhando em casa afirmam não estar satisfeitos com esta condição. São pessoas que dizem sentir falta da presença física de clientes, colegas etc. Ou, ainda, sentem que estão trabalhando mais e rendendo menos, por conta das dispersões domésticas e da falta de estrutura adequada.

Os mais de 70% satisfeitos – mencionam como justificativa para sua satisfação a economia de tempo sem os temíveis deslocamentos de ida e volta do trabalho e também a economia de dinheiro (transporte e alimentação).

“Os próprios entrevistados parecem ter a solução para acomodar bem todas as aspirações. Havia na pesquisa uma pergunta sobre qual modelo de trabalho gostariam de adotar após o fim da pandemia, e então 65% disseram que o ideal seria uma mescla entre dias no escritório e dias em casa”, destaca Silvio Pires de Paula, fundador e presidente da Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing.


Quase metade acredita que sua vida mudou para pior do início da pandemia até agora


O sentimento geral das pessoas com o momento da pandemia é de desânimo. Cerca de 3 em cada 4 (73%) se dizem desanimados, atualmente. Ao serem perguntados sobre o que mudou para pior ou para melhor do início da pandemia para cá, metade deles (49%) afirma que a vida mudou para pior no que diz respeito à vivência social e às oportunidades de lazer.


Outros 37% sentiram piora no estado psicológico, em seu equilíbrio emocional. Em outro sentido, 41% observaram melhora no engajamento em ações solidárias e 53% estão se relacionando melhor com suas famílias.


Muitos brasileiros fazem planos para quando a pandemia acabar e somam 70% os que pretendem viajar assim que possível. Outros planos muito presentes são rever familiares ou amigos (58% dos entrevistados) e retomar ou iniciar a prática de algum esporte (42%).


Enquanto isso tudo não é possível, boa parte deles admite ter incorporado ou intensificado alguns maus hábitos. A ingestão de chocolates ou doces em geral brotou ou cresceu em nada menos do que 38% do público pesquisado. E o hábito de beber álcool agravou-se ou incorporou-se à rotina de 20% dos internautas brasileiros participantes da pesquisa.



Fonte: Revista Melhor


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