Currículo bonito não sustenta salário: como conquistar vagas compatíveis com sua capacidade real
- DBS Partner

- 11 de nov.
- 2 min de leitura
Especialista mostra por que muitos profissionais estão estagnados apesar de serem bons tecnicamente

Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, ter um currículo visualmente atrativo não é suficiente para garantir o sucesso profissional. Muitos trabalhadores, mesmo com sólida formação técnica, enfrentam dificuldades para conquistar vagas que reflitam seu verdadeiro potencial ou salários alinhados às suas competências. A dificuldade de traduzir habilidades, em resultados claros e alinhados às expectativas das empresas é uma barreira comum, agravada por currículos genéricos e ausência de uma estratégia clara de posicionamento.
Ana Chauvet, LinkedIn Top Voice e especialista em posicionamento de carreira, explica que o currículo sem contexto é só um papel bonito. “O que trava muitos profissionais não é a falta de competência, mas a dificuldade de comunicar o valor que geram. Sem clareza de conquistas e sem conexão com a linguagem do mercado, o currículo vira um enfeite — não uma ponte para a vaga certa.”
Segundo um estudo da Robert Half de 2024, 68% dos recrutadores brasileiros valorizam candidatos que demonstram resultados mensuráveis e alinhamento cultural, mas muitos profissionais falham em comunicar isso de forma eficaz. Além disso, com a digitalização dos processos seletivos, plataformas como o LinkedIn registraram um aumento de 20% no uso por empresas brasileiras em 2024. O recado é claro: não basta parecer bom — é preciso ser encontrado, ser lembrado e ser compreendido.
“Estima-se que o LinkedIn possui 86% dos recrutadores e diariamente buscam novos profissionais. Não basta ser bom, o mercado precisa perceber isso antes da entrevista. Ter um perfil técnico forte sem saber se posicionar é como ter um ótimo produto escondido na prateleira errada. Visibilidade estratégica é o que tira um currículo da pilha e leva o seu nome pra mesa do decisor”, afirma a especialista.
Ana, que já ajudou milhares de profissionais a reposicionarem suas carreiras, reforça que currículo e LinkedIn precisam caminhar juntos, como uma vitrine profissional coesa. “Currículo é porta de entrada, LinkedIn é vitrine. Quem entende isso, para de ser invisível no mercado.”
Dicas da especialista para conquistar vagas compatíveis com sua capacidade real:
Monte seu currículo seguindo esta estrutura:
Dados pessoais, objetivo profissional, formação acadêmica, experiência profissional, experiência internacional (se tiver), cursos e habilidades, além de atividades voluntárias (se houver).
Descreva suas atividades executadas como se estivesse contando seu dia a dia, mas também crie uma seção de Destaques com suas conquistas, projetos e premiações. Mensurar essa informação — com números, percentuais ou resultados concretos — é fundamental.
Revise seus dados nas plataformas de emprego: confira se o número de telefone tem DDD, se o e-mail está correto e se o currículo foi subido nos campos corretos. Pequenos erros técnicos fazem seu perfil ser descartado antes mesmo de ser lido.
LinkedIn é movimento. Não adianta ter um perfil incrível e abandoná-lo. Se você não interage, publica ou adiciona as pessoas certas, não será visto por quem importa. O algoritmo valoriza participação — e o mercado também.



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