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Quiet Firing, Quiet Hiring e Quiet Quitting: o que são e por que você deve saber?


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Faz algum tempo que o mercado de trabalho vem conversando sobre o quiet quitting, também conhecido como demissão silenciosa. Mas você sabia que essa abordagem acabou gerando outros fenômenos, como o quiet firing e o quiet hiring?


Enquanto o primeiro é uma demissão silenciosa por parte da empresa, o segundo se trata de uma contratação silenciosa.


Neste post, vamos explicar um pouco mais sobre essas práticas, quais as diferenças entre elas e o que a empresa pode fazer para fomentar um ambiente de trabalho mais saudável. Tem interesse no assunto? Então, leia até o final!


O que é Quiet Quitting?


O termo quiet quitting surgiu no TikTok e se refere à prática de limitar a quantidade de tarefas realizadas ao longo do expediente, visando evitar a sobrecarga de trabalho e priorizar a saúde mental.


Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o conceito não está relacionado a fazer “corpo mole”, e sim a manter um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional, executando apenas aquelas atividades que fazem parte do escopo do cargo.


Apesar de ser uma alternativa válida para que os colaboradores tenham mais saúde mental, a postura pode fazer com que a gestão entenda que o colaborador está desmotivado ou querendo ser demitido. Isso pode levar a um desgaste da relação e até impactar o clima organizacional.


O que é Quiet Hiring?


O quiet hiring ou contratação silenciosa é um novo método de recrutamento que busca aprimorar talentos internos que já estão se destacando para possibilitar seu avanço na carreira.


Dessa forma, o gestor identifica aqueles profissionais que têm assumido responsabilidades adicionais e se destacado dos demais, passando a nutrir esses colaboradores, indicando-os para promoções e garantindo seu crescimento dentro da organização.


Essa tendência vem como uma resposta ao quiet quitting e é justificada por dados levantados pelo Personnel Psychology. De acordo com o estudo, profissionais de alto desempenho entregam 400% mais resultados do que um funcionário médio.


Nesse cenário, enquanto funcionários que se doam mais são recompensados, aqueles que aderem ao quiet quitting podem estar perdendo uma chance importante de avançar na carreira.


O que é Quiet Firing?


O quiet firing é um fenômeno contrário ao quiet quitting. A prática consiste na empresa excluir o colaborador silenciosamente e deixar de envolvê-lo e engajá-lo, na tentativa de que ele peça demissão por conta própria.


Quando esse tipo de postura é assumida, as lideranças deixam de dar feedbacks ao profissional e até de delegar tarefas a ele, o que cria um clima insustentável e faz com que o colaborador, pouco a pouco, perca a motivação de continuar na empresa e passe a buscar novas oportunidades.


Os principais motivos que levam o gestor a agir dessa forma é a imaturidade na liderança e o medo de aumentar o índice de turnover por parte da empresa. Além disso, essa é uma prática comum quando a empresa quer demitir um colaborador com baixo rendimento, mas não deseja arcar com os custos rescisórios, por isso, não toma a iniciativa de desligar o funcionário e cria um clima propício para que ele se demita.


Quiet firing pode ser considerado assédio?


Sim! Discriminar e excluir um colaborador no ambiente de trabalho pode ser considerado assédio moral e trazer consequências jurídicas para a empresa. O Tribunal Superior do Trabalho elaborou uma Cartilha de Prevenção ao Assédio Moral que descreve esse tipo de assédio como:


“Toda e qualquer conduta abusiva, manifestando-se por comportamentos, palavras, atos, gestos ou escritos que possam trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física e psíquica de uma pessoa, pondo em perigo o seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho”.


Logo, o quiet firing não é a maneira indicada para lidar com um colaborador de baixo rendimento, já que, além de prejudicar o clima organizacional, a prática também pode trazer prejuízos sérios na justiça.


A dica para lidar com esse tipo de situação é sempre agir com transparência e dialogar com o colaborador, para entender como ele se sente e o que a empresa pode fazer para tornar o ambiente de trabalho mais saudável.


Como fomentar um ambiente de trabalho saudável?


Uma cultura focada no bem-estar do colaborador e na promoção de ambientes de trabalho saudáveis é uma forma de evitar o quiet quitting e o quiet firing. Quando os profissionais se sentem respeitados e valorizados, eles tendem a se dedicar mais, o que, com certeza, traz um impacto positivo para os resultados do negócio.


Mas quais ações o RH pode tomar para fomentar esse clima organizacional positivo? A seguir, listamos algumas dicas.


Invista em uma comunicação de mão dupla


Uma boa comunicação é sempre a melhor ferramenta para alinhar expectativas e pontos de vista, além de garantir um ambiente harmonioso. Mas esse processo precisa ser de mão dupla.


Isso porque, não basta o gestor aplicar feedbacks sobre suas percepções e o que espera dos profissionais. Ele precisa também estar aberto para ouvir os sentimentos e inseguranças do time. Desse modo, será possível construir uma relação de confiança e um ambiente de trabalho saudável.


Treine as lideranças


Treinamento e capacitação também são medidas importantes para um ambiente saudável. Investir no desenvolvimento dos profissionais faz com que eles se sintam valorizados e reconhecidos dentro da organização, o que melhora consideravelmente o clima organizacional.


Contudo, o investimento deve ser estendido às lideranças. Como vimos, o quiet firing, muitas vezes, é causado por líderes imaturos, que confundem o pessoal e o profissional e não têm inteligência emocional para lidar com conversas difíceis com os colaboradores.


No entanto, essa falta de experiência e maturidade pode ser contornada com treinamentos e com a implementação de um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).


Atraia os talentos certos


A melhor forma de evitar as demissões silenciosas é realizar boas contratações. Para tanto, é fundamental que os processos seletivos sejam bem alinhados para que os profissionais escolhidos tenham fit cultural com a organização.


Desse modo, quando os profissionais têm o perfil certo e se encaixam bem na equipe e no modelo de gestão da empresa, eles tendem a se sentir parte do time e a vestir a camisa, o que garante uma boa produtividade e bons resultados.


Humanize a gestão


Como vimos, o quiet firing é uma postura um tanto inadequada da gestão que pode, inclusive, trazer problemas jurídicos à organização. Para evitá-los, é importante que a humanização faça parte da cultura da empresa.


Ainda, é essencial que as lideranças tenham um olhar humanizado para entender quando os colaboradores estão sobrecarregados ou desmotivados em sua rotina. Nesses casos, a gestão deve agir com empatia, oferecer apoio e pensar em maneiras de aliviar a pressão, engajar e potencializar o desenvolvimento desses talentos.


Concluindo, quiet firing, quiet hiring e quiet quitting são abordagens que têm sido estudadas e observadas por especialistas, além de serem o assunto do momento. Saber como lidar com cada uma dessas situações é essencial para garantir uma gestão de pessoas eficiente e manter a produtividade da empresa.


A melhor forma de identificar esse tipo de postura é conhecer as percepções do time e focar em uma boa experiência do colaborador.



Fonte: RH Portal

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